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O AZEITE, A GORDURA VIP

Publicado em 17-07-2024 Atualizado em 19-07-2024
Imagem informativa do Centro de Informação Autárquico ao Consumidor

Considerada uma gordura saudável por excelência, o azeite é o protagonista da “dieta mediterrânica”. Esta por sua vez é uma alimentação com tradições seculares que contribui para melhorar a nossa saúde e proporcionar uma sensação de prazer e de bem-estar.
A história do azeite é milenar. Segundo os historiadores, a origem da oliveira remonta à Época Terciária, ainda antes do aparecimento do Homo Sapiens. Quando este o descobriu, não parou de encontrar vantagens na sua utilização.
As antigas civilizações mediterrânicas, aproveitavam o azeite, graças à sua versatilidade como alimento, como produto básico na medicina tradicional, na higiene e na beleza.
Curiosamente, antes da medicina existir como a conhecemos, já o azeite era utilizado nomeadamente como ingrediente de pomadas de fabrico caseiro, no tratamento de problemas de foro dermatológico e reumático. Pode também servir como ingrediente para tratamentos de beleza, porque nutre a pele, protege-a, torna-a mais suave e ajuda a conservar a sua juventude.
Desde a antiguidade que tem sido usado em banhos, massagens, máscaras de beleza e até mesmo champôs.
Nos nossos dias o azeite é misturado com outras substâncias, sendo usado para tratamento da pele e cabelos secos, para hidratar as mãos, lábios gretados ou até para fortalecer as unhas
Era também usado como combustível para iluminação, lubrificante para ferramentas e impermeabilizante para fibras têxteis.
Ao longo dos tempos, os povos souberam usufruir do seu potencial e por todos os motivos, mantiveram a sua cultura. Hoje o azeite assume um papel de importância na alimentação mediterrânea, estando presente na maioria das mesas portuguesas.
Existem vários tipos de azeite vendidos diretamente ao Consumidor, que variam de acordo com o grau de acidez. Quanto maior for o índice de acidez, menos puro é o azeite. Assim temos:
 O azeite extra virgem, cuja acidez se situa entre os 0% e os 0,8%;
 O azeite virgem, com acidez entre os 0,8% e os 1,5%; e
 O azeite de oliva, com mais de 1,5% de acidez.
O azeite extra virgem e o azeite virgem, são mais indicados para saladas e molhos e o de oliva é mais apropriado para cozinhados.
Importa realçar que o grau de acidez pouco ou nada tem a ver com o cheiro ou o sabor do azeite, mas sim com a quantidade de ácidos gordos que o azeite possui e também com o estado de maturação da azeitona quando colhida.
De entre as variedades que existem no mercado, podemos encontrar os azeites com denominação de origem protegida (DOP), os de agricultura biológica, os “azeites de quinta” e os azeites obtidos a partir de uma única variedade de azeitona, denominados monovarietais.

O Consumidor tem ao seu dispor uma variedade de azeites aromatizados, que é importante saber como usá-los:
• Sabor a azeitonas pretas, com textura aveludada e sabor pronunciado. Usar em pratos mediterrânicos, como o bacalhau peixes de sabor forte e marisco.
• Sabor a estragão, com sabor subtil e sofisticado. Usado em pratos de peixe, cogumelos e saladas.
• Sabor a canela e especiarias, com sabor exótico. Usado em pratos de aves, carnes vermelhas e saladas compostas.
• Sabor a orégãos. Fresco, usado em saladas, massas, azeitonas e molhos à base de tomate.
• Sabor a limão e malagueta. Aroma arrojado e sabor picante. Usado em pratos grelhados de carnes vermelhas, de porco e de aves.
• Sabor a manga. Sabor doce, usado em saladas simples, sopas e peixes de sabor suave.
• Sabor a tomilho. Sabor intenso. Usado em vegetais e pratos de carne.
• Sabor a hortelã. Toque frutado e refrescante. Usado em pratos de sabor intenso, saladas, caldos de ave e peixe.
*FONTE: Adaptado de dados divulgados pelos azeites GALLO e OLIVEIRA DA SERRA

Afinal o azeite não é mais do que o sumo da azeitona. Conserva o sabor, o aroma, as vitaminas e todas as propriedades do fruto, sendo a mais digestiva de todas as gorduras e aquela que melhor suporta temperaturas altas, mantendo as suas propriedades nutricionais.
É composto, maioritariamente, por ácidos gordos monoinsaturados e vitamina E, nutrientes considerados essenciais para uma alimentação completa. É igualmente rico em antioxidantes, substâncias que contrariam a ação dos radicais livres, responsáveis pelo acelerar do processo de envelhecimento celular.
Alguns estudos têm sido desenvolvidos o sentido de apurar a ligação entre os efeitos do azeite e algumas formas de cancro, entre os quais o da mama. Um grupo de investigadores de Chicago provou que o ácido oleico, o principal constituinte do azeite, pode inibir o desenvolvimento de uma proteína envolvida nos casos mais agressivos de cancro da mama. Este ácido favorece também a absorção intestinal do cálcio, do fósforo e da vitamina “D”, contribuindo para a prevenção da osteoporose e da desmineralização dos ossos. Previne ainda as inflamações, revelando-se importante no tratamento de doenças do foro reumático.
Vários estudos comprovam que nos países onde é praticada uma alimentação tradicionalmente rica em azeite, a incidência de doenças cardiovasculares é muito menor, em comparação com aqueles países onde o consumo de gorduras de origem animal é elevado. Os ácidos gordos monoinsaturados funcionam como protetor do sistema vascular, provocando uma queda dos níveis de mau colesterol no sangue e mantêm os índices de bom colesterol equilibrado. Por outro lado, a vitamina “E” atua como um antioxidante capaz de desobstruir as artérias, facilitando a circulação sanguínea e o funcionamento do coração.
O azeite é também um aliado no combate à diabetes, reduzindo a taxa de glicemia em jejum, permitindo um controlo da hiperglicemia e um aumento da sensibilidade à insulina.
O azeite é também apontado como aliado da memória, ajudando a preservar as funções cognitivas, uma vez que os ácidos monoinsaturados protegem as membranas que ligam os neurónios. Sem dúvida que estes factos são animadores. No entanto não podemos esquecer que o azeite é uma gordura e, portanto, possui um elevado teor energético. Por isso mesmo, apesar das boas notícias, é conveniente não abusar. Tudo isto só resulta se for aliado a um regime alimentar saudável e equilibrado, sem excessos.
Curiosidades sobre o azeite:
1. São necessários cinco a seis quilos de azeitonas para produzir um litro de azeite.
2. Todas as azeitonas são pretas, se as deixar amadurecer até ao fim.
3. Ao contrário do vinho, o azeite não melhora com o tempo.
4. O azeite solidifica a temperaturas muito baixas, mas sem alterar as suas características.
5. O azeite deve ser guardado em recipientes de vidro, de preferência escuros.
6. Mantenha as embalagens de azeite em local fresco, sem luz e longe de produtos com cheiros intensos, para evitar que esta gordura os absorva.

Saiba mais em: https://www.tuasaude.com/como-identificar-um-bom-azeite/
https://www.nacionalidadeportuguesa.com.br/azeite-de-portugal
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