Cinco Municípios firmam parceria para a elaboração de Plano de Mobilidade e Transportes da Área de Influência da TTT
Publicado em 22-06-2010 Atualizado em 25-08-2023Na sessão de assinatura marcaram presença os presidentes dos cinco municípios intervenientes – além de Carlos Humberto de Carvalho, em representação do Barreiro, João Lobo, da Moita, Ana Teresa Vicente, de Palmela, Alfredo Monteiro, do Seixal, e Augusto Pólvora, de Sesimbra -, o Presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa (AMTL), Carlos Correia, José Alberto Franco, em representação do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), entre outros autarcas, técnicos e representantes de instituições, que acompanharam a elaboração do protocolo.
Necessidade de efectuar estudo
«Sentimos necessidade de fazer um estudo de mobilidade, não só para o Concelho do Barreiro, mas para os concelhos que nos rodeiam» sob a zona de influência de grandes infra-estruturas de transportes, explicou o Presidente da CMBCâmara Municipal do Barreiro, no final da sessão. A Terceira Travessia do Tejo (TTT) é, conforme salientou Carlos Humberto de Carvalho, uma de um conjunto de infra-estruturas de vulto previstas para a Região, recordando, assim, a Ponte Barreiro-Seixal, a Circular Regional Interna da Península de Setúbal (CRIPS), o Metro Sul do Tejo e a Gare do Sul.
O estudo da mobilidade proporcionado por esta parceria, justificou, «permitirá encontrar soluções articuladas – e não casuísticas» na forma como infra-estruturas e transportes se integram. Multi-modalidade dos transportes, questões tarifárias, de carácter social (passes) -, e bilhética são, igualmente, objecto deste estudo de mobilidade, permitindo «integrar-se no desenvolvimento que está a ser previsto para a Região».
Trabalho em comum para preparar TTT
No final da sessão, o Presidente CMBCâmara Municipal do Barreiro salientou, ainda, o “trabalho em comum, em conjunto, dos municípios» no sentido de se encontrarem «respostas comuns para os problemas que são comuns».
O Autarca frisou o empenho na projecção do Concelho em termos económicos e estratégicos: «Todos os dias trabalhamos para consolidar tudo quanto está ao nosso alcance para que a Terceira Travessia do Tejo se concretize», rematou. A assinatura do Protocolo permitirá, na sua opinião, uma melhor preparação e ajustamento a novos cenários decorrentes das infra-estruturas previstas.
«Tanto o passo que demos com a assinatura do Protocolo com a RAVE [Rede Ferroviária de Alta Velocidade SA], REFER [Rede Ferroviária Nacional] e a PARQUE EXPO SA, com vista ao estudo urbanístico da futura Gare do Sul (Estação do Lavradio), que se integrará no sistema da Terceira Travessia do Tejo, no território da Quimiparque, e agora este, no fundo, são passos no sentido de garantir que a Ponte vai ser construída e quando for, estaremos preparados para a receber», resumiu.
Palavra de estímulo e apoio ao trabalho – representante IMTT
«O Instituo da Mobilidade e dos Transportes Terrestres tem como uma das suas missões estimular e apoiar, de variadas formas, as iniciativas que as autarquias e outras instituições que a nível do nosso território desencadeiam para a promoção de uma mobilidade sustentável dos cidadãos residentes em cada área. Nessa medida encaramos com muita simpatia e esperança a iniciativa destes cinco municípios», disse, após a assinatura do documento, o representante do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), José Alberto Franco. «Não conhecemos, neste momento, ainda, as linhas orientadoras desse trabalho, pelo que, obviamente, reservamos para mais tarde tomadas de posição mais expressas», prosseguiu. «De qualquer modo, fica aqui a nossa palavra de estímulo e apoio ao trabalho», concluiu.
Urgente definir em antecipação – Presidente da AMTL
«Nós estamos obrigados, por Lei, em termos de Autoridade, a fazer o nosso plano de explorações urbanas ao nível da Área Metropolitana de Lisboa», afirmou o Presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa (AMTL).
Esse plano, frisou, Carlos Correia, «será sempre a um nível macro/estratégico/táctico, que dará, naturalmente, indicações e orientações para serem concretizadas pelos municípios e pela Administração Central, numa lógica de coordenação de todas as acções sobre o sistema de mobilidade da Área Metropolitana de Lisboa.
«Este tipo de planos de mobilidade de transportes, de iniciativa municipal ou inter-municipal é, para nós, muito importante porque, no fundo, faz uma ampliação ou um zoom, localizado, sobre determinadas áreas de intervenção», explicou o Presidente da AMTL.
«Com a emergência da concretização de um conjunto de investimentos, é urgente definir, em antecipação», referiu, preparando a «entrada de serviço desse conjunto de infra-estruturas, a tipologia das acções e dos serviços», a implementação e contratualização «quer com os municípios quer com a Administração Central, quer, depois, com os próprios operadores dos serviços públicos de transportes».