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Projeto A Poupança | Como poupar mensalmente

Publicado em 16-10-2024 Atualizado em 30-10-2024
Imagem informativa do Centro de Informação Autárquico ao Consumidor

A maioria costuma chegar ao final do mês com muita dificuldade e a contar os dias para receber o salário do próximo mês. Cria-se um ciclo vicioso provocado pela inexistência de um fundo/poupança.
Se não consegue poupar, se tem vindo a acompanhar as nossas informações sobre poupança, chegou a hora de parar para pensar e de fazer algumas alterações na sua vida.

  1. Defina uma percentagem que considere razoável para iniciar a sua poupança. O Banco de Portugal defende a ideia que se deve poupar 10% dos rendimentos. Todavia, o ideal seria uma percentagem superior;
  2. Reflita sobre os objetivos da sua poupança. Os seus objetivos financeiros vão traçar a estratégia de poupança que necessita por em prática para alcançar essa meta e, assim, a percentagem que terá de aforrar mensalmente, quer seja para poupar dinheiro para a sua reforma, para fazer uma viagem, para os estudos ou para trocar de automóvel ou de casa;
  3. Corte nas despesas não essenciais. Esta é uma estratégia de poupança que passa por reduzir temporariamente, as despesas que não são essenciais, como por exemplo as refeições num restaurante. Para uma melhor leitura deve recorrer à coluna das despesas do seu orçamento familiar e perceber em que gastos não essenciais está a despender mais dinheiro do que deveria. Poderá ser necessário reduzir o número de vezes que encomenda as refeições ou até deixar de assinar as subscrições de serviços streaming ou apps que não costuma utilizar com frequência. Ao reduzir gastos, está a libertar mais dinheiro para a poupança;
  4. Reveja e renegoceie as sua contas mensais. Para tal precisa de reduzir as suas contas mensais, como a eletricidade, gás natural ou telecomunicações. Apesar de serem bens essenciais, se olhar para as suas faturas de forma atenta, poderá encontrar uma margem para poupar. Analise a fatura e avalie se utiliza todos os serviços que paga. De seguida faça um estudo de mercado para perceber se está a pagar mais do que os seus familiares e amigos. Em seguida, contacte com a sua comercializadora ou operadora para perceber se existe margem para renegociar e assim reduzir a sua conta mensal, mesmo que tenha que abdicar de determinado serviço, como por exemplo a velocidade de internet ou menos minutos no serviço de telemóvel. No caso dos serviços energéticos, pode beneficiar de uma promoção se decidir juntar na mesma fatura, o gás natural e a eletricidade ou, poupar dinheiro ao separar estes serviços. O objetivo é fazer um contrato mais vantajoso, tendo em conta as suas necessidades. Consulte o site da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos e analise através do simulador desta Reguladora os preços praticados pelas comercializadoras que operam no nosso mercado. No caso dos contratos com as operadoras de telecomunicações consulte o site da ANACOM e verifique a operadora que lhe pode trazer mais vantagens;
  5. Automatize as suas poupanças. Esta é uma estratégia indicada para quem ainda não consegue gerir as finanças pessoais com cautela. De acordo com este método, as contribuições para a poupança são automaticamente programadas para o inicio do mês, bastando dar uma ordem de transferência automática de certo valor e, nesse dia, a quantia é transferida da conta à ordem para a conta poupança ou outro produto bancário que escolheu. Reduz a tentação de gastar o dinheiro reservado para poupança em compras por impulso ou despesas desnecessárias;
  6. Aguarde algum tempo antes de fazer uma compra impulsiva. Isto acontece quando estamos perante uma tentação, acabamos por ser influenciados a fazer determinada aquisição pelo excesso de estímulos ao nosso redor, desde newsletters que caem no nosso email, à publicidade na televisão e nas redes sociais. Para evitar compras impulsivas, que causam um dano considerável e desnecessário nas nossas finanças, adote uma regra: aguarde por 1 a 2 dias e reavalie a necessidade de fazer essa compra. Quando põe em prática este procedimento, está a dar ao seu cérebro tempo para que tome uma decisão mais racional, ao invés de emocional. Desta forma, evita gastos que podem prejudicar a sua estabilidade financeira;
  7. Acompanhe as suas poupanças. A maior recompensa existe no esforço diário e ver as poupanças a crescer. Por isso é importante acompanhar o progresso do seu esforço para manter o entusiasmo e ajustar as estratégias aos diferentes momentos. Existem alturas em que podemos dispor de maior importância para poupar, por exemplo quando recebemos o subsidio de férias e o de Natal. Tudo passa por uma gestão cuidada das nossas finanças;
  8. Ponha em prática pequenos truques para poupar dinheiro. Alguns comportamentos podem ajudar-nos a alcançar os nossos objetivos, como por exemplo:
    • Definir um valor para gastos durante a semana. Por exemplo, dispor de 50 euros por semana para as despesas do dia a dia;
    • Levante em numerário essa quantia. Se utilizar o cartão de crédito ou de débito, não terá noção do dinheiro que gasta, proporcionando de forma mais fácil o descontrole. Ao ver o dinheiro na carteira, tem uma noção mais clara do que já gastou;
    • Guarde o troco, sempre que utilizar uma nota para pagar uma compra. O troco coloque num frasco para a poupança. Quando chegar aos 100 euros poderá transferir para um produto de poupança;
    • Inicie o desafio das 52 semanas. É uma estratégia na qual poupa uma quantia especifica de dinheiro em cada semana, seguindo uma lógica progressiva. Na primeira semana pupa 1 euro, na segunda semana poupa 2 euros e assim sucessivamente, até que na 52º semana, terá conseguido poupar 1.378 euros.

Este desafio exige muita disciplina.
Caso esteja interessado saiba como o implementar em: Doutor Finanças – Diga adeus à ansiedade financeira com a Academia Doutor Finanças

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