61% das viagens totais da população residente na area de Intervenção do Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal faz viagens internas

Composto por quatro fases, encontra-se, nesta altura, concluída a primeira, de Caracterização e Diagnóstico – cujos resultados foram apresentados na sessão pelos representantes da empresa DHV, Maria João Silveira e Bruno Lamas (veja AQUI a APRESENTAÇÃO).

Dos 2.430 inquéritos realizados, “78 porcento declarou efetuar uma viagem de duração superior a cinco minutos”, explicou Maria João Silveira. Esta população considerada “móvel” tem como base qualquer deslocação, mesmo que a pé.
Os resultados obtidos indicam que 61 porcento (306.780) das viagens totais da população residente na Área de Intervenção (AI) do PMTI são internas, seis porcento (29.080) têm Lisboa como destino, dez por cento destinam-se à Área Metropolitana de Lisboa (AMLÁrea Metropolitana de Lisboa) Sul e um por cento à AMLÁrea Metropolitana de Lisboa Norte (não incluindo Lisboa).
Das viagens realizadas 42 por cento são de trabalho, 13 por cento “em serviço”, 11 por cento para visita a familiares e amigos. O mesmo valor percentual foi atribuído a fins de “desporto/lazer”. Seis por cento deslocam-se por motivos de estudo. Destas uma grande fatia, mais de 40 porcento realiza-se em transporte individual.

A fase 2 do processo – “Construção de Cenários e Definição de Estratégia” –, conforme referiu Maria João Silveira prevê alguns momentos de discussão.
Mais informações podem ser obtidas, AQUI, no Sítio Oficial da Câmara Municipal o Barreiro na Internet, página .

A Área de Intervenção deste estudo abarca todas as freguesias do concelho do Barreiro; as freguesias do concelho da Moita: Alhos Vedros, Baixa da Banheira, Moita e Vale da Amoreira; a freguesia de Quinta do Anjo, do Concelho de Palmela; as freguesias do concelho do Seixal: Seixal, Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Fernão Ferro e no concelho de Sesimbra, a freguesia de Quinta do Conde.

Preparar o futuro

“Estamos aqui a preparar o nosso quotidiano mas também o nosso futuro”, sublinhou o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, elogiando a parceria das várias entidades envolvidas no processo e reafirmando a inevitabilidade da TTT dadas as necessidades do País, AMLÁrea Metropolitana de Lisboa e Região.
Carlos Humberto de Carvalho manifestou-se, ainda, no final a sessão, algo surpreendido com os resultados do estudo.

Reconhecendo a importância do transporte público na mobilidade das populações, nomeadamente no território do Barreiro, o Vereador do Planeamento da CMBCâmara Municipal do Barreiro, Rui Lopo, desafiou a que se estudasse o “cruzamento dos aspetos sociológicos com os dados obtidos para que se percebessem os seus reflexos.

Policentrismo das cidades

O Presidente da Estradas de Portugal, António Ramalho, na sessão em representação do Secretario de Estado das Obras Públicas Transportes e Comunicações, sublinhou, igualmente, o interesse do estudo, cuja antecedência permitirá que integre a reflexão do Plano do de Deslocações Urbanas (PDU) e do Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT).

António Ramalho reforçou a importância do policentrismo das cidades e deixou duas ideias de reflexão, relacionadas com a intermodalidade do próprio conceito do investimento e no domínio da procura sobre a oferta no âmbito desse mesmo investimento.

O Plano de Mobilidade, conforme descreve a apresentação projetada na sessão, “definirá um conjunto de ações e medidas que contribuam para a implementação e promoção de padrões de mobilidade mais sustentáveis, incidindo sobre diversas áreas temáticas”.