Igreja de Nossa Senhora da Graça de Palhais

Igreja dos séculos XVI a XX. Foi erigida pela população local, de Palhais, que pertencia à Ordem Militar de Santiago. Obra atribuída ao arquiteto/canteiro Afonso Pires.

Como um dos raros monumentos da arquitetura manuelina no concelho, possui uma única nave retangular, paredes de alvenaria e revestimento de azulejos enxaquetados verdes e brancos do séc. XVI. De planta quadrada, apresenta duas capelas funerárias quinhentistas laterais, do lado Norte a Capela do Espírito Santo e do lado Sul a Capela de S. Miguel. A decoração exterior da fachada principal apresenta um programa decorativo definido pelo portal axial em pedraria, cujo arco trilobado arranca de finas colunas de bases e capitéis lavrados, ornados por elementos vegetalistas e coroados por cogulhos dispostos em triângulo.

A vivência ao nível local de uma elite de altos funcionários da Coroa relacionados com a Real Fábrica do Biscoito em Vale de Zebro, que decisivamente deixou marcas da sua existência na velha Ermida, foi determinante para a importância que a freguesia viria a assumir no contexto da Expansão Portuguesa.

No séc. XVI sofreu obras de ampliação sendo construídos o batistério e a sacristia. Ostenta um Portal Manuelino que foi classificado como Monumento Nacional em 1922. O Portal apresenta uma ornamentação com elementos vegetalistas e escudete com albarrada, símbolo da Consagração à Virgem da Graça.

Foi encerrada ao culto em 1910, reabrindo após restauro em 1959.